“A felicidade está na jornada não no destino”.
Deixando de ser expectadora, para ser protagonista!

Filme Poder Além da Vida, dirigido por: Victor Salva e Shalimar Reodica. Assistir esse filme com foco em refletir é uma terapia que vale a pena. Uma oportunidade de fazer uma releitura do nosso estado atual rumo à felicidade.
Logo no início, quando o jovem Nillman questiona o mentor apelidado de Sócrates de como subiu de forma surreal no telhado: “O que é que você fez? Como é que foi parar aí em cima?”.
Podemos fazer uma releitura de tudo o que já fizemos... de como fomos parar aqui ou ali, nosso estado atual... Quantas conquistas... Quantas experiências vividas... Quantos desafios superados... Quantos sonhos realizados... O quanto nos sentimos completos... E o rude contraste... O quanto somos incompletos... Os sonhos que deixamos para trás... E o quanto não fizemos acontecer.
Como Nillman, buscamos explicações para tudo... tudo o que nos aconteceu... mente agitada! Não silenciamos, para responder com sinceridade a pergunta de Sócrates: “Como você está?”. Pensamos saber mais do que sabemos, como explicou Sócrates: “Conhecimento não é o mesmo que sabedoria... A sabedoria não está em saber, mas em fazer”.
Como o personagem Nillman achamos que podemos responder qualquer coisa, mas ficamos com a voz silenciada e o coração dividido quando Sócrates faz a singela pergunta: “Você é feliz?”. Não sabemos responder, porque apesar de ter conquistado tanto... O que era uma conquista deixou de ser... Estamos no marco zero, outra vez. Sempre em busca da felicidade.
E nesse marco zero, abertos aos novos aprendizados, que o personagem Sócrates desperta e nos leva a refletir sobre pegadas de ensinamentos que aprendemos ao longo da vida, mas quando a mente se agita, facilmente esquecemos...
“Você precisa aprender a fazer perguntas melhores”,
“sinta o sabor”,
“disciplina”,
“a mente reage a tudo”,
“como o ponto certo de equilíbrio é eficiente!”,
“livra-se do lixo que está na sua cabeça”,
“aprende a jogar fora o que não precisa”,
“esvazie a mente, esteja 100% envolvido na experiência”,
“sobre ser questionado de ser maluco, a resposta irônica e profundamente sábia: ‘leva-se uma vida inteira praticando’”,
“desligue-se da sua mente, para não perder tudo o que está a sua volta”,
“aprender a meditar em qualquer situação”,
“abandonar vícios, como falar e interromper os outros, achar que sabe, quando não sabe nada”,
“tudo o que você tem é o agora...”.
E a profunda conclusão, não é apenas o nosso corpo que precisa de cuidado constante, mas também o nosso interior... A nossa mente.
Na emoção do filme, nos encontramos nas lágrimas de Nillman sobre o não saber o que fazer agora... E a simples resposta de Sócrates: “Natural ter emoções, como as nuvens que passam...”. incrível o tempo que o personagem Sócrates oferece a Nillman para chorar e refletir, enquanto aparenta precisar de sua ajuda para consertar/testar um carro que em seguida, parecia funcionar, apenas um pretexto para ouvir e estar perto.
Assim como nas lágrimas de incertezas, também podemos nos encontrar no questionamento do jovem “O que você faz se não puder ser aquilo a que estava destinado?” e nesse breve momento, nosso coração se acelera outra vez na expectativa da resposta do velho sábio: “Tudo tem um propósito, descubra você qual é...”. Sentimo-nos provocados com a pergunta... Qual o nosso propósito de viver?
A proposta para responder tal pergunta é para ficar só, somente com a gente mesmo, até ter algo relevante para partilhar... “Seu treinamento pode continuar em uma nova dimensão onde poderá encontrar respostas dentro de você”, a resposta do jovem é instigante “Sempre tem alguma coisa acontecendo, nada na vida é banal”.
A reflexão contínua, ao mesmo tempo que esclarece, confunde também... porque não há respostas certas... E o personagem Sócrates explica: “Você precisa ser consciente de suas escolhas e responsável por suas ações...”.
Mais uma vez, podemos nos encontrar nas palavras do jovem “Não valorizei o meu talento, não cuidei da minha vida, estou com medo, mas acho que me livrei do passado e sinto que é a coisa certa a fazer...”. E Sócrates nos responde: “Quando estiver medo, use uma espada, segure-a bem alto e corte todos os laços, elimine todo arrependimento e medo, todo o resto vive no passado ou no futuro”.
Só assim podemos estar prontos para viver o nosso propósito que é aquilo que realmente amamos. Ensina o velho amigo da alma: “Um guerreiro não desiste daquilo que ama, ele acha o amor no que faz”.
Uma das coisas que mais tem sido o entrave do nosso desenvolvimento é a aceitação de tudo que deu errado, de tudo que não conseguimos mudar ou fazer... de ter que recomeçar do zero outra vez... Enfim, mas assistindo ao filme e refletindo, o personagem Sócrates vem ao nosso encontro e nos olha com amor e diz: “Aceite que não pode controlar o que acontece com você... Um guerreiro não procura a perfeição ou a vitória ou a invulnerabilidade, ele é totalmente vulnerável.... Essa é a sua única coragem... Um guerreiro age, só um tolo reage....
...Não existe início e nem chegada só o caminho e as três regras: Paradoxo, humor e mudança...
...Paradoxo, a vida é um mistério... Não desperdice seu tempo tentando entender! Humor, mantenha o seu senso de humor, especialmente em relação a você mesmo... é força além de todas as medidas! Mudança, nada permanece imutável”.
Podemos nos sentirmos insanos de pensar que somos o personagem, o protagonista do filme proposto como tantos outros, deixando de ser expectador. Mas o nosso velho amigo em algum momento do filme disse: “Talvez eu seja a sua intuição falando com você neste instante”. E o sentimento de insanidade dá lugar a coragem de responder que estamos prontos para ser protagonista outra vez da nossa própria vida.
E para finalizar, sobre a pergunta singela que não conseguimos responder no início, “Você é feliz?”, aprendemos que a resposta é SIM, porque “A felicidade está na jornada não no destino”.
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